Saiba como o novo plástico degrada-se no oceano! Os plásticos, tornaram-se uma ameaça crescente à saúde humana e ambiental. Em todo o planeta, as evidências de poluição à base de plásticos que vão desde os sacos de supermercado no fundo do mar até aos microplásticos nos nossos alimentos e até mesmo no nosso sangue.
Cientistas da UC San Diego criam novos materiais biodegradáveis para substituir o plástico convencional na luta contra o lixo plástico.
Por exemplo, o plástico que de degrada no oceano!
Depois de provar que as suas espumas de poliuretano se bio degradam em compostos terrestres, uma equipa interdisciplinar de cientistas, incluindo o biólogo da UC de San Diego, Stephen Mayfield, e os químicos Michael Burkart e Robert “Skip” Pomeroy, mostraram agora que o material se biodegrada na água do mar.
Os resultados foram então publicados na revista “Science of the Total Environment”.
Qual o foco dos investigadores?
Investigadores estão a combater a crise ambiental global provocada por poluição plástica.
Em 2010, estimou-se que 8 biliões de kg de plástico entraram no oceano/ano, com aumento acentuado previsto para 2025.
Ao entrar no oceano, os resíduos plásticos perturbam os ecossistemas marinhos, migram para locais centrais e formam remoinhos de lixo, como o grande “Pacific Garbage Patch”, que cobre uma área de mais de 1,6 milhões de quilômetros quadrados. Esses plásticos nunca se degradam, mas se fragmentam em partículas cada vez menores, tornando-se microplásticos que vão persistir no meio ambiente por séculos.
Os investigadores estudaram espumas de poliuretano submersas no “Scripps Institution of Oceanography Pier”.
Porém, segue o exemplo de como o plástico degrada-se no oceano.
Crédito: Samantha Clements, Scripps Institution of Oceanography, UC San Diego.
Clements (Scripps Institution) e UC San Diego realizaram testes em poliuretano biodegradável para os primeiros sapatos biodegradáveis (Blueview).
A localização do cais forneceu aos cientistas o acesso e uma oportunidade única para testar materiais no ecossistema natural próximo à costa, visto que é o ambiente onde exatamente os plásticos são mais propensos a ir parar.
A localização do cais proporcionou ao cientistas acesso e oportunidade para testar materiais no meio ambiente costeiro, onde plásticos são mais susceptíveis.
O que foi descoberto?
Equipa descobriu que microrganismos colonizam e biodegradam a espuma de poliuretano, transformando-a em nutrientes consumidos no oceano.
Os dados do estudo sugerem que os microrganismos, assim sendo uma mistura de bactérias e fungos, vivem em todo o ambiente marinho natural.
Para Mayfield, professor da Escola de Ciências Biológicas e diretor do Centro de Biotecnologia de Algas da Califórnia “o descarte inadequado de plástico no oceano decompõe-se em microplásticos e tornou-se um enorme problema ambiental”.
O docente defende ainda que “é absolutamente possível fazer produtos plásticos de alto desempenho que também podem se degradar no oceano”. O professor considera que “os plásticos não deveriam ir para o oceano em primeiro lugar, mas se isso acontecer, esse material torna-se alimento para microorganismos e não lixo plástico e microplásticos que prejudicam a vida aquática”.
Os sapatos, principalmente os chinelos, que são o sapato mais popular do mundo.
Grande parte do plástico é descartado nos mares e aterros sanitários globais.
O estudo reúniu especialistas para testar e analisar materiais de poliuretano desenvolvidos na UC San Diego nos últimos 8 anos.
Como se estudaram as amostras?
A dinâmica das marés e das ondas expôs as amostras de espuma a um rastreio quanto às alterações moleculares e físicas, recorrendo à espectroscopia de infravermelhos com transformada de “Fourier” e à microscopia eletrónica de exposição de imagem. Os resultados mostraram que o material começou a degradar-se em apenas quatro semanas.
Os investigadores identificaram microrganismos próximos a San Diego com a capacidade de degradar o poliuretano.
“Nenhuma disciplina sozinha resolve os problemas ambientais, mas criámos uma solução integrada eficaz em terra e que se biodegrada no oceano.”, garante Mayfield. “Fiquei surpreso ao ver quantos organismos colonizam essas espumas no oceano; torna-se algo como um recife microbiano”, acrescenta o professor.
A lista completa dos coautores do estudo são: Natasha Gunawan, Marissa Tessman, Daniel Zhen, Lindsey Johnson, Payton Evans, Samantha Clements, Robert Pomeroy, Michael Burkart, Ryan Simkovsky e Stephen Mayfield.